sábado, 29 de novembro de 2014

Os oito picos de camping mais legais do Rio de Janeiro

Por 9 Maio, 2014 Viagens
rio
Engana-se quem pensa que essa lista é sobre a mundialmente famosa Cidade Maravilhosa, cartão-postal do Brasil. Muita gente não conhece os tesouros escondidos no pequeno Estado do Rio de Janeiro. São parques e florestas, povoados e pequenas cidades entre 100km e pouco mais de 300km que reservam aos visitantes experiências únicas, seja no litoral, seja na serra. E para os amantes do camping, há sempre artesanato, rodas de violão, conversas e boas vibrações.
Vamos à lista (vide as dicas da galera nos comentários, abaixo da matéria ;):

1. Praia do Sono

O sugestivo nome faz alusão a paz e tranquilidade. Cercada por montanhas de mata virgem, o sol demora a aparecer de manhã e se põe cedo à tarde, proporcionando muitas horas de sono. Porém, para chegar neste pequeno paraíso, é preciso certo esforço: uma trilha de cerca de uma hora de caminhada. A Praia do Sono é uma joia encravada na Mata Atlântica e está dentro da Área de Proteção Ambiental do Cairuçú, cerca de 25km de Paraty. Rústica ao extremo, não há comércio nem estrutura turística regular, apenas moradores nativos, os caiçaras, que oferecem alimentação e seus quintais para armar a barraca. Não há só o mar para curtir. No meio da praia há uma trilha que leva a piscinas naturais de água doce formadas por um córrego, onde também há uma cachoeira. No canto da praia, uma trilha de dificuldade extrema leva a duas outras praias, Antigos e Antiguinhos, essas, sim, completamente selvagens.
fonte viagens cinematográficas
Crédito: Fábio Pastorello
Crédito: Fábio Pastorello - Viagens Cinematográficas
Crédito: Fábio Pastorello
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Crédito: Fábio Pastorello
fonte fábio pastorello
Crédito: Fábio Pastorello

2. Trindade

 Localizada na mesma região da Praia do Sono, também na APA do Cairuçú, a vila de Trindade é a solução para as pessoas que necessitam de um mínimo de estrutura que uma pequena cidade oferece, como, por exemplo, quem acampa com crianças. Trindade é um distrito de Paraty, distante 30km do centro, com fácil acesso inclusive por transporte público.

Trindade, assim como diversas outros povoamentos de moradores nativos no sul do estado, já passou e ainda passa por inúmeras disputas contra grandes empresas por posses de terra e especulação imobiliária voltada para empreendimentos de luxo. Mas os moradores permanecem unidas em defesa da cultura caiçara e preservação da natureza.

A vila oferece diversas opções de praias: Brava, do Meio, dos Ranchos, entre outras. A Piscina Natural do Cachadaço é ponto obrigatório de mergulho para iniciantes. Para quem gosta de cachoeiras, a oferta também é variada. E há ainda a famosa “pedra de engole”: um “buraco” entre as pedras pelo qual passa o curso d’água, onde o aventureiro mergulha para emergir do outro lado.
Crédito: Portal de Trindade
Crédito: Portal de Trindade
Crédito: Portal de Trindade
Crédito: Portal de Trindade
Crédito: Portal de Trindade
Crédito: Portal de Trindade

3. Ilha Grande

Durante muitas décadas, este paraíso permaneceu intocado. Até que, nos anos 1990, após a desativação e implosão do famigerado Presídio da Ilha Grande, suas diversas trilhas e praias foram desbravadas. A porta de entrada da Ilha Grande é a Vila do Abraão, onde está localizado o principal cais de atracação das Barcas que fazem a travessia a partir das cidades de Mangaratiba e Angra do Reis, além das diversas embarcações que servem ao turismo. É no Abrão que pode ser encontrada a maioria dos campings da ilha, assim como serviços básicos de comércio e infraestrutura. Também é possível encontrar campings nas praias de Palmas, Parnaioca e Aventureiro. Uma informação importante: visando a preservação do meio ambiente, é proibido acampar fora dos campings devidamente legalizados.

Para quem tem disposição, o maior feito dos aventureiros de plantão é dar a volta na ilha por suas diversas trilhas, uma atividade que não leva menos de uma semana de intensas caminhadas. Nesse caso, nas vilas menores e pequenos povoados, é possível acampar no quintal dos moradores.
Ilha Grande 

4. Maromba

Subindo a serra, ainda ao sul do estado, a vila de Maromba compõe, com sua vila “irmã” Maringá, uma microrregião repleta de Mata Atlântica no Parque Nacional do Itatiaia. As duas vilas são cortadas pelo rio Maromba, que divide os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais e três cidades: Itatiaia e Resende pelo lado fluminense, e Bocaina de Minas, pelo mineiro. Enquanto Maringá possui uma infraestrutura turística mais sofisticada, com lojas, restaurantes e pousadas, Maromba é mais roots e é onde está localizada a maioria dos campings da região.

As cachoeiras são o principal atrativo de Maromba e a mais famosa delas, a do Escorrega, é obrigatória. À noite, na praça da vila, há bares, forró e reggae, artesanato e malucos de estrada para bater um papo.
Crédito: viscondedemaua.com.br
Crédito: viscondedemaua.com.br
Crédito: viscondedemaua.com.br
Crédito: viscondedemaua.com.br
Crédito: viscondedemaua.com.br
Crédito: viscondedemaua.com.br

5. Lumiar

Lumiar é um distrito da cidade de Nova Friburgo, famosa por suas confecções de roupas íntimas, distante pouco mais de 150km do Rio. Ela tem um aspecto mais urbano, com comércio e serviços de cidade pequena, e pode ser considerada o centro de uma região que conta ainda com as vilas de São Pedro da Serra e Boa Esperança. O acesso é fácil por estrada pavimentada e transporte público. As principais atrações são as cachoeiras Indiana Jones e São José e os poços: Feio, Verde e Toca da Onça. Descendo pela estrada Serra-Mar, chega-se ao Encontro dos Rios, ponto de prática de rafting. À noite, os bares mais movimentados são os de São Pedro, 6km estrada acima.

Uma boa pedida para acampar é o camping do seu Artur. Ele é um morador local que abre as portas de seu quintal para os viajantes e está sempre disposto a um dedo de prosa. Trata-se também de uma figura singular, com extensa barba e cabelos brancos que não são cortados há muitos anos, e chegam quase a tocar o chão.
Lumiar
Crédito: A Serra
Lumiar
Lumiar 

6. Sana

Diz a lenda que, lá pela década de 1970, quando os hippies descobriram o lugar, Raul Seixas se inspirou no nome Sana para batizar a sua “Sociedade Alternativa Nova Aeon (S.A.N.A.). Outra versão diz exatamente o contrário: que a vila foi batizada pelo próprio Raulzito, que teria criado a sociedade alternativa ali. O fato é que a ocupação da região remonta ao século XIX, quando foi colonizado por suíços, e o nome Sana é considerado uma corruptela de Sarine, nome do rio que corta a cidade de Fribourg, na Suíça.

O Sana é uma área de proteção ambiental e, por isso, há certas regras para visitar suas inúmeras cachoeiras e só é permitido acampar nos campings legalizados. Opções não faltam, tanto perto da praça principal quanto em ruas e estradas mais afastadas. Com a orientação de um guia, é possível visitar o pico Peito do Pombo, principal ponto turístico da região. A cultura do Sana também se destaca. Na praça, aos fins de semana, funciona uma feira de arte e artesanato com o melhor da produção local. E na área da música, vem de lá uma das bandas mais cultuadas no meio “roots”: Raiz do Sana.

Sana
Sana

Sana

7. Aldeia Velha

 Também conhecido como Quartéis, este pequeno povoado está localizado aos pés da Serra do Mar, é cercado por fazendas de gado e áreas de preservação ambiental da Mata Atlântica, sendo considerado o principal território de proteção dos ameaçados mico-leões-dourados. Possui infraestrutura bem rudimentar, com uma única rua com pequeno comércio. Mas justamente por essa rusticidade, a vila é procurada pelos amantes do camping. Pelas redondezas, é possível tomar banho de rio e, distante 4km do centro, fica a cachoeira das Andorinhas, bastante procurada para a prática de rapel e frequentada pelos corajosos que adoram pular das pedras em seu poço. A mesma estrada que leva à cachoeira é muito procurada por praticantes de trekking (três horas de caminhada até o topo da serra), motocross e jipeiros. Subindo por ela, é possível chegar à Toca da Onça e ao Encontro dos Rios, na região de Lumiar.

Todo ano, na Semana Santa, acontece o Aldeia Rock Festival, com muito rock clássico e novas bandas autorais.
Aldeia Velha  
Aldeia Velha

8. Saquarema

De toda a nossa lista, Saquarema é de longe a maior e mais famosa cidade. Desbravada nos anos 1970, a cidade é mundialmente conhecida pela qualidade de suas ondas, tornando-a um paraíso para surfistas. Porém, apesar de ser uma cidade relativamente movimentada, ainda hoje não perdeu ares de cidade pequena, sendo frequentada por todas as tribos.

O pico do surfe é a praia de Itaúna, onde, de vez em quando, ocorrem competições de nível internacional. Mesmo nos dias de mar baixo, vale a pena ficar por ali até o sol se pôr. À noite a igreja da cidade, em cima de uma pedra à beira-mar, fica completamente iluminada, tornando-se um verdadeiro cartão-postal.

Um ilustre morador de Saquarema é o roqueiro Serguei, aquele mesmo que “pegou” a Janis Joplin, como ele gosta de anunciar, aludindo aos libertários anos 70. Estando na cidade, não deixe de visitá-lo e ouvir suas histórias.
Saquarema
Saquarema
Saquarema
Crédito: ASP South America
sergueinews
Crédito: sergueinews

E você, conhece algum desses lugares? Conte-nos sua experiência!

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