domingo, 7 de dezembro de 2014

Saiba tudo sobre a história do Everest: A maior montanha do mundo 
Tema:Montanhismo Autor: Airton Ortiz Data: 29/5/2013
Em 1808, o Instituto Topográfico da Índia, encravado nas montanhas de Dehra Dun, a 140 km de Nova Delhi, deu início ao difícil projeto de mapear todo o subcontinente indiano. Um dos objetivos era descobrir se o Himalaia, como os britânicos já suspeitavam há muito tempo, abrigava mesmo a mais alta montanha do mundo. Na época, esta região era apenas um desconhecido território separando as ambições imperialistas da Grã-Bretanha ao sul, e da Rússia dos czares, ao norte. Desbravá-lo, portanto, passou a ser uma das questões políticas mais importantes do mundo no século XIX. Para chefiar o Instituto, foi nomeado o coronel George Everest. Ele chegou ao país em 1823, comandando o Instituto até 1843, realizando um grande trabalho político e cartográfico. Em 1847, o coronel Andrew Waugh foi nomeado superintendente-geral do Instituto, dando novo impulso ao trabalho iniciado por George Everest. Até a metade do século XIX, pensava-se que o Kanchenjunga, no Sikkim, com cerca de 8.534 metros, fosse o pico mais alto do Himalaia. Mas a curiosidade de Andrew Waugh foi despertada por outra montanha, conhecida nos meios topográficos como pico B. Ela parecia ser ainda mais alta do que o Kanchenjunga. O superintendente convenceu seus oficiais a mudarem o local de observação e se dedicarem com mais atenção ao pico B, agora renomeado Pico XV pelo topógrafo Michael Hennessy. Em 1852, cálculos publicados pelo Instituto confirmaram as suspeitas de Andrew Waugh: existia uma estranha montanha, na fronteira do Nepal com o Tibete, mais alta do que todas até então conhecidas. Partindo dos levantamentos feitos três anos antes por topógrafos ingleses, que haviam medido pela primeira vez o ângulo de elevação do tal Pico XV, com um teodolito de 60 centímetros, o matemático bengalês Radhanath Sikhdar e seu jovem assistente Michael Hennessy, funcionário do escritório do Instituto em Calcutá, chegaram à conclusão de que ela media 8.839,80 metros acima do nível do mar. Tinha 257 metros mais do que o Kanchenjunga, sendo, portanto, o ponto mais alto do planeta. Em 1950, medições feitas no Nepal, usando laser e transmissões via satélite com tecnologia de ponta e efeito Doppler, determinaram uma nova altitude para o Everest: 8.848 metros. Portanto, apenas 8 metros mais alto do que a medição feita um século antes. Mas não era tudo. No dia 5 de maio de 1999, uma equipe de alpinistas liderada pelo americano Pete Athans chegou ao cume do Everest para mais uma medição. Ele acionou dois receptores do sistema GPS, e as informações registradas foram analisadas pelos técnicos do Departamento de Ciências Aeronáuticas da Universidade do Colorado, em Boulder. Os especialistas, de posse dos novos dados, determinaram a nova, e segundo eles, exata altitude do Everest: 8.850 metros. Portanto, 2 metros a mais do que se pensava nos últimos cinqüenta anos. A novidade foi anunciada pela Sociedade Geográfica Nacional durante a realização do 87º Congresso Anual do Clube Americano de Alpinismo, em Washington, nos Estados Unidos, em 11 de novembro de 1999.

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